Rede de parques vai abolir também o modelo eletrônico em suas dependências a partir de 1º de maio. Companhia restringiu, ainda, tamanho dos carrinhos de bebê

O anúncio, feito em 28 de março, ocorreu na mesma semana em que foi publicada, no Diário Oficial da União, por determinação do ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança, a criação de um grupo de trabalho para “avaliar a conveniência e a oportunidade de redução da tributação de cigarros fabricados no Brasil”. A proposta do titular da pasta é realizar estudos sobre a tributação atual e analisar projetos de mudanças, com o objetivo de diminuir o consumo de cigarro contrabandeado, de baixa qualidade.

PRESSÃO  A direção da companhia também divulgou regras mais restritivas quanto ao tamanho dos carrinhos de bebê que circulam pelas atrações. Sobrou até para o gelo seco, usado por frequentadores para manter as bebidas frescas em sacolas térmicas.

Ficaram de fora da nova política os parques da Disney na França, China e Japão. A decisão faz sentido, segundo consultorias que acompanham o mercado do entretenimento. Os espaços da Disney costumam receber crianças e tudo que as famílias esperam é que sejam ambientes saudáveis. Acredita-se que outros parques se sentirão pressionados pela medida e seguirão na mesma direção.

A política antitabaco tem avançado aos poucos na companhia americana. Em 2015, a Disney foi o primeiro grande estúdio de Hollywood a cortar representações de cigarros de filmes voltados para o público mais jovem. Em reunião de acionistas naquele ano, foi anunciado que a Walt Disney Studios “proibiria fumar nos filmes, Marvel, Lucas, Pixar e Disney”. A razão? “Era a coisa certa a fazer”, disse um executivo.

A relação entre a companhia e o cigarro é antiga. Walt Disney, seu fundador, morreu em decorrência dos efeitos do tabaco, que lhe causou câncer de pulmão.